FREQUÊNCIA DE PARASITOSES INTESTINAIS EM PACIENTES ATENDIDOS EM UM LABORATÓRIO PÚBLICO E UM PRIVADO NO MUNICÍPIO DE MOGI GUAÇU/SP

Acácio José Vital, Nádia Regina Borim Zuim

Resumo


As parasitoses intestinais constituem sério problema de saúde pública no Brasil, por sofrerem variações de acordo com as condições de saneamento, nível socioeconômico, sexo, grau de escolaridade, idade, hábitos de higiene e os métodos realizados para o diagnóstico final. Devido à ausência de imunidade humana as reinfecções, o parasitismo intestinal torna-se mais frequente e relevante, inclusive pela possibilidade de redução da absorção intestinal, podendo influenciar no crescimento e desenvolvimento resultando em altos índices de morbidade. O objetivo do trabalho foi verificar a frequência de positividade de parasitoses intestinais em pacientes oriundos de um laboratório de análises clínicas público e um privado. Classificar a faixa etária e sexo dos pacientes, verificar a ocorrência de monoparasitismo, biparasitismo e poliparasitismo e associar a frequência de positividade com as condições de saneamento do bairro de moradia. Foram analisados dados de prontuários de pacientes dos laboratórios em questão que realizaram os exames parasitológicos no período de Janeiro a Dezembro de 2017. Foram analisados 9.505 exames parasitológicos de fezes, nos quais 195 (2,1%) foram positivos.   A maior freqüência  de positividade  ocorreu  na rede pública com 125 (64,1%) pacientes. A faixa etária com maior frequência foi de 1 a 5 anos tanto na rede pública como privada. Dentre os resultados positivos a giardíase foi a parasitose de maior frequência. Conclui-se que não ocorreram casos de bi e poliparasitismo.


Palavras-chave


Parasitoses intestinais. Parasitismo. Protozoários. Helmintos.

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