A DEFICIÊNCIA VISUAL NO ESPAÇO ESCOLAR

Patricia Canato Romanini, Maria Teresa Trinãnes

Resumo


No Brasil, os índices de pessoas com deficiência visual (DV), baixa visão ou cegueira, vêm aumentando a cada ano. A maioria dos casos é devido às patologias como: diabetes, descolamento de retina, os traumatismos oculares por acidentes, dentre outras. O conceito de baixa visão, pela OMS, está centrado no aspecto que, mesmo após tratamento ou correção óptica, o sujeito permanece com dificuldades visuais. A cegueira está caracterizada como a ausência total da visão, na qual o indivíduo enfrenta dificuldades de diferenciar cores, formas ou vultos. Pela legislação nacional, esses sujeitos têm direito à escolarização plena e a garantia de permanência na escola. Então, como garantir os processos de aprendizagem dos conteúdos curriculares escolares do aluno com deficiência visual? Este questionamento é o objetivo deste artigo. Para que se possa traçar um panorama escolar atual, utilizou-se como metodologia uma revisão bibliográfica na qual se destacaram alguns autores como Nunes (2010), Carvalho (2011), Mantoan (2016), dentre outros. A legislação nacional aprofundaram seus estudos sobre esta temática. Observou-se que as tecnologias são ferramentas que podem ser criadas ou compradas para serem utilizados como recursos do sistema Braille, o Soroban, os livros adaptados e os recursos ópticos. Ambos os recursos possuem a função de auxiliar o professor na escolarização efetiva dos alunos com tais necessidades. A avaliação pedagógica identifica as capacidades intelectuais para atender as necessidades educacionais especiais do aluno com DV. Destaca-se, também, a importância da participação da família no processo de escolarização legítimo e com equidade.

Palavras-chave


Deficiência Visual. Recursos Adaptados. Escolarização.

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