ESTUDO DO POTENCIAL ANTIOXIDANTE DO EXTRATO GLICÓLICO DE CAMELLIA SINENSIS (CHÁ-VERDE) EM FORMULAÇÕES COM VITAMINA C

Ana Flávia Nogueira Silva, Renata Lopes Rodrigues, Maria Sirlene Morais

Resumo


Os chás, popularmente utilizados sob forma de infusão, são ricos em compostos biologicamente ativos (flavonoides, catequinas, polifenóis, alcaloides, vitaminas, sais minerais) que contribuem para a prevenção e o tratamento de várias doenças. É evidente que cada vez mais comprova-se seus efeitos no combate ao envelhecimento celular normal, e na prevenção e tratamento do câncer, devido aos seus componentes fenólicos que apresentam atividade antioxidante. Assim sendo, torna-se grande o interesse de propostas para a incorporação do extrato de chá-verde em formulações tópicas. As catequinas do chá-verde, através de mecanismos inibitórios de radicais livres, podem prevenir efeitos agudos e crônicos causados pela exposição à radiação ultravioleta, responsável por alterações cutâneas relacionadas com o envelhecimento precoce, sendo que a maioria destas é resultante da ação das espécies reativas de oxigênio. Essas modificações estruturais, embora sejam normais, podem ser tratadas ou retardadas, com o uso de cosméticos tópicos a base de compostos ativos antioxidantes, tais como a Vitamina C. Acredita-se que sua presença em cosméticos reduz os danos oxidativos induzidos pela radiação UV, entretanto sua eficácia em termos protetivos se dá a partir da penetração dessas substâncias em nível de estrato córneo. Este trabalho tem como objetivo analisar os comportamentos físico-químicos do extrato glicólico de CamelliasinensisL., a partir de sua inserção em formulações com Vitamina C em laboratório, com o intuito de contribuir com atualização técnica da eficácia antioxidante do extrato de chá-verde em produtos cosméticos.


Palavras-chave


Chá-verde; Antioxidante; Vitamina C; Cosméticos

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