CONHECIMENTO E DESCARTE DE MEDICAMENTOS: UMA ANÁLISE SOBRE O COMPORTAMENTO DAS MÃES EM ESPÍRITO SANTO DO PINHAL – SP

Bruna Maria Machado, André Palermo Tonietti, Euzebio Beli, Thaís Louise Soares

Resumo


A implantação da logística reversa pelos consumidores de medicamentos até os seus fabricantes seria a maneira mais correta de realizar o descarte, mas o consumidor precisa fazer sua parte em levar os medicamentos nos locais disponíveis para realização do descarte. O objetivo deste trabalho foi verificar o conhecimento e identificar como é realizado o descarte de medicamentos por mães em Espírito Santo do Pinhal – SP. A pesquisa tratou de um estudo descritivo e quantitativo com pesquisa de campo.  Foram aplicados questionários a 50 mães de crianças de 0 a 12 anos de idade, na cidade de Espírito Santo do Pinhal- SP.  Ao analisar o perfil das entrevistadas, observou-se que 42% tinham de 31 a 40 anos, 72% casadas e 76% com renda familiar de 1 a 3 salários mínimos. Sobre a utilização de sobras de medicamentos, 38% das mães afirmam utilizar e 96% verificam a validade do medicamento, mas 16% citaram já ter utilizado medicamento vencido. Na realização do descarte 66% realiza o descarte quando o medicamento está vencido e 18% não sabe quando fazer, 49% das mães efetuam o descarte no lixo comum e 80% não sabem para onde vai o medicamento. Ao questionar as mães se elas foram informadas quando compraram os medicamentos como realizar a maneira correta de descarte 98% disseram que não tiveram essa informação. Concluiu-se que maior parte das mães realiza o descarte no lixo doméstico, efetuam esse descarte quando o medicamento está vencido e que ao compra-lo não recebem informação de como descartar corretamente.


Palavras-chave


Remédio. Rejeitos. Mães. Contaminação.

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